SEIS DÉCADAS DA TEORIA DOS POLOS DE CRESCIMENTO: REVISITANDO PERROUX

Josias Alves de Jesus, Noelio Dantaslé Spinola

Resumo


A presente investigação faz um balanço acerca da Teoria dos Polos de Crescimento nos últimos sessenta anos. Entende-se que esta Teoria exerceu forte influência no pensamento econômico europeu nas décadas de 1950 e 1960, e, também, no Brasil. O objetivo geral do trabalho é discutir o desenvolvimento da Teoria dos Polos de Crescimento diante da economia regional na qual necessita de ferramentas cada vez mais refinadas. O problema de pesquisa que orienta todo o trabalho é: como a Teoria dos Polos de Crescimento pode ser aplicada na análise regional no contexto recente da Ciência Econômica? A metodologia utilizou-se de pesquisa bibliográfica acerca das principais publicações sobre a Teoria nos últimos 40 anos, inclusive com pesquisa na publicação do Seminário Internacional sobre Planificação Regional e Urbana na América Latina ocorrido em Viña del Mar no Chile em 1972. Acerca da obra de Perroux, a pesquisa se concentrou em suas obras “Os Espaços Econômicos”, “Os Polos de
Crescimento”, “A Noção de Polos de Crescimento” e “A Firma Motriz em uma Região e a Região Motriz”. Os principais resultados foram: A Teoria dos Polos são importantes na compreensão dos mecanismos que permitem a polarização das atividades industriais dentro de uma região. Essa noção de polarização influenciou uma série de estudos que tiveram como pano de fundo (objetivo) a possibilidade de promover o crescimento econômico de regiões atrasadas ou deprimidas através da implantação de atividades industriais sejam indústrias motrizes e indústrias movidas e como esta polarização espraia-se pelo tecido regional, a exemplo do Brasil. Outra conclusão importante está representada pela sua metamorfose e desdobramentos no âmbito do paradigma da especialização flexível pelos desdobramentos em associação com a economia neo schumpeteriana na base teórica dos clusters, arranjos produtivos e meios inovativos, entre outros. Assim o pensamento e a contribuição de François Perroux continuam vivos e importantes no arsenal de instrumentos teóricos da ciência regional.

Palavras-chave


Economia Regional; Perroux; Polarização

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