O CAMPO DE PIERRE BOURDIEU: FECUNDIDADE PARA O ESTUDO DA VITIVINICULTURA NO VALE DO SÃO FRANCISCO

André Luiz Maranhão de Souza Leão, Ildembergue Leite de Souza, Brunno Fernandes da Silva Gaião, Sérgio Carvalho Benício de Mello

Resumo


O chamado arranjo produtivo local ganhou relevo nos últimos anos ao conciliar aspectos locais com o aumento do poder de competitividade de empresas de um mesmo setor situadas de maneira cooperativa numa determinada região. As configurações que esses arranjos assumem, com seus agentes em posições específicas e envolvidos na disputa de poder através de capitais, reproduzem o que propõe Pierre Bourdieu com sua Teoria do Campo. Feita essa aproximação, estudar um arranjo produtivo local, partindo do conceito de posições contemplado pela teoria citada, apresenta-se como uma alternativa viável para o entendimento de como se estrutura o conjunto de empresas dedicadas à vitivinicultura no Vale do São Francisco. A presente pesquisa se configura como um estudo de caso único em que categorias estruturantes do campo foram levantadas a partir da análise de discurso de entrevistas concedidas pelos representantes das empresas produtoras de vinho situadas naquela região. Em consonância com a proposta de Bourdieu, confirmou-se a presença de variados agentes, estando esses vinculados tanto aos capitais social, cultural, econômico e simbólico, como também às posições nomos e doxa. Com os resultados obtidos, esperamos contribuir para o amadurecimento de uma aplicação do pensamento de Bourdieu ao estudo dos arranjos produtivos locais.


Palavras-chave


Arranjo produtivo local; Vitivinicultura; Teoria do Campo

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