O CONSUMO DA ESTÉTICA ESTRANHA E FASCINANTE DO ESPETÁCULO DO REAL (REALITY SHOW). ANÁLISE DO PROGRAMA LINHA DIRETA, SOBRE A MORTE DE P.C. FARIAS
Resumo
Este trabalho é uma reflexão acerca de um fenômeno que ocupa uma boa parte da pós-modernidade, o espetáculo do real. Pretendemos enfocar nossa leitura no olhar do sujeito que se coloca diante de espetáculos midiáticos de onde emerge o real. Partiremos da análise de alguns retratos que causam estranheza, pinturas que retratam o limite entre o animal e o humano, entre o masculino e o feminino. Nosso percurso desemboca no reality show ou o espetáculo do real. Neste sentido, é notável a sofisticação do programa “Linha Direta”, da rede Globo, cujas cenas de “simulação” reproduzem com tal perfeição os detalhes de crimes, baseando-se em fotos dos peritos, depoimentos de policiais e testemunhas, que torna quase imperceptível para o espectador estabelecer a fronteira entre ficção e informação. Mostraremos como este gênero televisivo magnetiza o olhar do espectador. Abordamos, ainda, a experiência da pulsão escópica, um olhar que se situa no umbral do fascínio e da morte.
Palavras-chave
Olhar; Pulsão escópica; Real; Reality show; Televisão; Linha Direta
Gestão & Planejamento (G&P). ISSN ISSN: 2178-8030