MUDANÇA E CRISE NAS ORGANIZAÇÕES: UMA ABORDAGEM SÓCIO-CLÍNICA

Michel Mott

Resumo


Nos últimos tempos, as organizações vem passando por severas mudanças que acarretam uma sobrecarga de sofrimento para seu conjunto social, o que é problemático, pois boa parte de nossas vidas decorre dentro de organismos sociais. Nesse artigo, busca-se discutir como certas mudanças podem afetar um sistema social dentro de uma organização. O objeto de estudo foi o departamento de um banco. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dezesseis participantes, além de observação-participante. A amostra foi do tipo não probabilística por acessibilidade. A análise dos dados se deu a partir de base teoria-conceitual prévia dentro do contexto da sociologia clínica das organizações, sendo que buscou-se compreender e interpretar os sentidos das ações dos sujeitos implicados. Verificou-se que a mudança ocasionou uma carga muito grande de mal-estar para o grupo, sendo que a própria organização demonstrou traços de desorientação, disfuncionalidade e desorganização. No caso do banco, as saídas para tal situação passavam por lidar eficazmente com o mal-estar gerado no grupo. Já o grupo, procurou saídas à sua crise de sentido, de modo que, em algum momento, foi possível a emergência do ser desejante como o elemento fundamental de uma certa cidadania-em-constituição.

Palavras-chave


organização, sentido, mudança, abordagem sócio-clínica.

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Gestão & Planejamento (G&P). ISSN ISSN: 2178-8030