DOS RECURSOS HUMANOS A GESTÃO DE PESSOAS: REFLEXÕES ARQUEOLÓGICAS DAS MUDANÇAS CONCEITUAIS

Mariana Mayumi de Souza, Daniel Pinheiro Calbino, Alexandre Carrieri

Resumo


O presente artigo tem como objetivo aplicar as idéias de Nietzsche e Foucault para elucidar reflexões a respeito das mudanças conceituais observadas nos últimos anos no discurso científico e prático sobre a administração dos funcionários e das relações de trabalho nas empresas. Tais mudanças conceituais são simbolizadas principalmente pela mudança no nome do campo de “Recursos Humanos” (RH) para “Gestão de Pessoas” (GP). Esse campo estaria contido na formação discursiva da ciência da Administração. Pretende-se, portanto, com a presente análise, primeiramente, identificar de forma comparativa os objetos delineados, as classificações, os temas e as teorias formuladas que se relacionam aos dois nomes do campo (RH e GP). Dessa forma, buscou-se detectar as permanências e as modificações discursivas engendradas, salientando os elementos argumentativos em que se baseia o discurso da mudança conceitual. Em segundo lugar, partiu-se para o delineamento de contradições derivadas, intrínsecas e extrínsecas, que se encontram entre os conceitos vinculados às duas nomenclaturas e também entre os conceitos internos às mesmas. Por fim, foi possível trazer à tona reflexões a respeito da ciência da Administração como prática discursiva (e ideológica) e suas apropriações pelos grupos dominantes, a fim de manterem a exploração dos “seus” recursos humanos.

Palavras-chave


Estudos Organizacionais

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Gestão & Planejamento (G&P). ISSN ISSN: 2178-8030