A ORGANIZAÇÃO ESPACIAL COMO UM FENÔMENO GESTIONÁRIO: CONTRIBUIÇÕES DO PENSAMENTO DE MILTON SANTOS E REGINALDO SANTOS

Emerson de Sousa Silva, Elizabeth Matos Ribeiro, Mônica Matos Ribeiro, Mônica Muniz Pinto de Carvalho

Resumo


Este ensaio teórico objetiva advogar que, por atender a uma intencionalidade prévia politicamente concertada, a Organização Espacial é um fenômeno gestionário. Essa proposição estriba-se na percepção de que a adaptação da natureza aos desígnios humanos se realiza, também, pela condução da Ciência da Administração, ou seja, as análises dos seus processos sociais, na perspectiva de sua organização, condução e finalidade, devem ser exploradas, fundamentalmente, por sua dimensão política. Para a concretude dessa análise epistêmica-teórica inovadora, recorre-se a duas construções teóricas distintas, porém, complementares: a concepção de Espaço Geográfico, de Milton Santos (2003, 2004, 2012b), e a teoria da Administração Política concebida por Reginaldo Santos (2004). Dessa articulação interdisciplinar foi possível plasmar uma interpretação alternativa da intervenção humana sobre a ‘organização espacial’ do espaço geográfico que se apresenta como uma expressão do que a Administração Política denominou de padrão de gestão das relações sociais de produção. Assim, considerar os Padrões Gestionários do Espaço Geográfico representa um enfoque sobre como os agentes sociais, principalmente os estamentos dirigentes, procurariam legitimar e conduzir a coordenação das formas de produção e transformação das paisagens impondo que se adaptem/subordinem aos interesses dos processos de reprodução socioeconômica.

DOI: 10.53706/gep.v.25.9228


Palavras-chave


Administração Política. Organização Espacial. Espaço Geográfico.

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Gestão & Planejamento (G&P). ISSN ISSN: 2178-8030