A CAPACIDADE ESTRATÉGICA DO TRANSPORTE MARÍTIMO DE CARGAS NO BRASIL: CENÁRIOS, AMEAÇAS E OPORTUNIDADES
Resumo
Almirante Mahan já apontava que a projeção internacional de países costeiros perpassa, necessariamente, pela capacidade estratégica desses estados sobre os fluxos do comércio internacional e do Transporte Marítimo de Cargas (TMC). Nesse sentido, frente à crescente atividade dos complexos logísticos internacionais portuários, torna-se fundamental questionar: “Como a política nacional pode contribuir, estrategicamente, com a melhor inserção internacional do Brasil via atividade marítima de cargas?” Assim, delineamos a seguinte metodologia, baseada na revisão bibliográfica e coleta de dados quali quantitativos: tipificar as coalizões e paradigmas no TMC; descrever o contexto atual da Marinha Mercante frente à política nacional do TMC; realizar estudo comparado entre Brasil, EUA, China, Canadá e Austrália; e prospectar cenários para ação. Identificou-se que a política de TMC no Brasil é industrial nacional corporativa, ou seja, centralizada no governo federal e com baixa competitividade e inserção internacional. Há forte tendência ao paradigma industrial liberal. Estrategicamente, a política nacional do TMC pode apoiar cenários que favoreçam a inclinação para se tornar pós-industrial liberal ou pós-industrial nacional corporativa para melhor posicionamento internacional do país.