A CRÍTICA DE HANNAH ARENDT AOS DIREITOS HUMANOS APLICADA À ATUAL CRISE MIGRATÓRIA: RUMO À CONSTRUÇÃO DE UMA SAÚDE GLOBAL

Janaína Andrade Araujo, Evandro Luis Sippert, Cláudia Marilia França Lima Marques

Resumo


Hannah Arendt, na década de 1950, fez uma crítica ao caráter universal dos direitos humanos, argumentando que tais direitos são destinados a todos, mas sua efetivação fica vulnerável em situações excepcionais, como a grande presença de apátridas e refugiados. Isso ocorre porque os direitos humanos dependem do reconhecimento e proteção dos Estados, e não há uma nação assumindo a responsabilidade por esses indivíduos. Essa denúncia feita por Arendt continua extremamente relevante nos dias atuais, pois os migrantes contemporâneos ainda enfrentam o problema de não serem reconhecidos como cidadãos pelos Estados, fato que impossibilita a concretização de seus direitos humanos. Nesse sentido, a saúde é o mais importante dos direitos humanos, pois é por meio de seu exercício que os demais irradiam. Diante desse contexto, a pesquisa tem por objetivo refletir acerca da (in)efetividade do direito à saúde dos migrantes, tendo como base as críticas tecidas por Hannah Arendt. Ressalta-se que a pesquisa é desenvolvida pelo método dedutivo e é bibliográfica. Como resultado da pesquisa, constatou-se que há a necessidade de desmantelar fronteiras e construir uma saúde global, a fim de que todos os indivíduos consigam concretizar o seu direito à saúde, independente da sua condição política.

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ISSN 1808-4435