REFLEXÕES SOBRE UMA PERSPECTIVA CRÍTICA NA CONCEPÇÃO DO PROCESSO DE CAPACITAÇÃO DOS EMPREGADOS DA ESCOLA ALPHA
Resumo
O objetivo deste artigo é refletir sobre a possibilidade de uma perspectiva crítica na concepção do processo de capacitação dos empregados da Escola Alpha. Buscou-se descrever a atividade de capacitação e identificar a concepção norteadora de sua prática, bem como identificar os aspectos limitantes e instigadores do paradigma crítico no desenvolvimento da capacitação na referida escola. Trata-se de um estudo de caso com abordagem predominantemente qualitativa e finalidade descritiva. Os participantes foram selecionados na população de empregados da Escola Alpha, de forma não aleatória e intencional, sendo entrevistados treze deles por meio de roteiros semiestruturados. A análise dos dados foi categorial. A descrição da capacitação teve como subcategorias a manifestação em suas etapas e a concepção da capacitação, bem como dos aspectos limitantes e instigadores do paradigma crítico, investigados conforme os indicadores deste e do paradigma funcionalista de Séguin e Chanlat (1992). Constatou-se que as origens paradigmáticas da concepção da capacitação são predominantemente funcionalistas; todavia, a visão dos conflitos, a perspectiva desmistificadora, a busca dos empregados por certa independência e a abertura para a discussão das estratégias caracterizaram-se como indícios de uma perspectiva de pauta crítica, conforme a análise organizacional crítica proposta por Séguin e Chanlat (1992).