PERFIL CLÍNICO E ENDOSCÓPICO DE PACIENTES COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL PROCEDENTES DE UMA POPULAÇÃO MISCIGENADA

Renata Fernandes Cunha, Pedro Vitor Domingues Cury, Rafael Viana Leite, Leonardo Moreira Leite Leal, Lourianne Nascimento Cavalcante

Resumo


Doença inflamatória intestinal (DII), doença de Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RCU) são doenças crônicas, potencialmente incapacitantes e progressivas. Atingem adultos em fase produtiva e podem evoluir com sequelas de grande impacto. Estudos sobre a epidemiologia são de grande relevância, pois, proporcionam esclarecimentos sobre a interferência de múltiplos fatores e facilitam a identificação das áreas de maior prevalência para o investimento adequado em saúde. O objetivo é traçar o perfil clínico e endoscópico dos pacientes com doença inflamatória intestinal (retocolite ulcerativa e doença de Crohn) acompanhados em ambulatório de referência de doença inflamatória intestinal do estado da Bahia. Trata-se de estudo do tipo transversal, com pacientes acompanhados ambulatorialmente em serviço de referência no estado da Bahia. Análise retrospectiva do prontuário para obtenção de dados sócio-demográficos, história da doença atual e pregressa e coleta de informações referentes aos exames laboratoriais e endoscópicos. Classificados conforme critérios de localização e atividade através de índices específicos. Análise exploratória e descritiva dos dados. 105 pacientes fazem parte desta análise. Dentre eles, 38 do sexo masculino e 67 do sexo feminino. O diagnóstico de RCU foi observado em 60 pacientes, com maioria feminina (66,7%), e 45 com diagnóstico de DC, com maioria feminina em 60,0% (p=0,482). A média de idade na DII foi de 39,6, variando entre 18 e 88 anos. A autoclassificação de “raça” revelou 38 negros, 50 mulatos e 17 brancos. Existe predomínio do diagnóstico de RCU em relação a DC, predominam pacientes de uma faixa etária de adultos jovens, maioria do sexo feminino seja na Doença de Crohn ou na Retocolite Ulcerativa, autoclassificados como mulatos. O comportamento dominante na DC foi o não estenosante e não penetrante, com a maioria dos pacientes em remissão. No grupo com RCU, a localização mais comum foi a colite esquerda e a maior parte apresentou hiperemia/enantema/edema e atividade, tendo a atividade clinica leve predominado entre os pacientes. Através do IBDQ notou-se que quanto melhor a atividade clinica maior a pontuação nesse score.

Palavras-chave


Doença inflamatória intestinal; Doença de Crohn; Retocolite ulcerativa

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