REVISÃO HISTÓRICA DO SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL

Vicente Campelo Santana Fraga Lima, Henrique Campos de Oliveira

Resumo


A hegemonia estadunidense no Sistema Internacional é marcante desde meados do século XX. No sistema financeiro, tal preponderância é ainda mais relevante devido a liderança dos Estados Unidos da América (EUA) sobre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e como o principal centro de investimentos e aporte monetário para as principais economias mundiais. Todavia, recentemente, com a ascensão das economias emergentes, organizadas no bloco diplomático dos BRICS e a sucessiva criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), concomitante a crise de 2008 dos subprimes, surge o questionamento acerca da unilateralidade estadunidense frente ao Sistema Financeiro Internacional (SFI). Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é descrever o processo de formação do SFI desde o pós-guerra até a proposta de criação do NDB. Utilizamos como técnica de levantamento de dados e informações a revisão bibliográfica do estado da Arte sobre o referido tema, a partir das seguintes variáveis: o papel dos EUA; a criação das instituições multilaterais que afetaram o SFI tal como o FMI; principais transformações nas relações financeiras internacionais na relação EUA e Europa; a introdução da tecnologia; a criação do EURO; a ascensão do BRICS e o NDB. Concluímos que embora proeminência dos EUA na condução do SFI desde o pós-guerra aos dias atuais, seja ainda inquestionável, nota-se a ascensão de um grupo de países emergentes com potencial de influenciar no SFI. Em contraste, com os arranjos multilaterais de ordenamento das relações financeiras centralizadas nos EUA. Todavia, incertezas ainda residem sobre a capacidade e viabilidade dessa formulação de uma instituição multilateral financeira, mesmo, com estudos recorrentes, que afirmam o potencial de cooperação entre os BRICS, devido às suas necessidades similares.

Palavras-chave


Sistema Monetário Internacional; Bretton Woods; Economia global

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