ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA MORTALIDADE POR QUEDAS EM IDOSOS NO BRASIL
Resumo
Introdução. O envelhecimento populacional é um fato incontestável em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2014, declarou que a população mundial com mais de 60 anos vai passar dos atuais 841 milhões para 2 bilhões até 2050. No Brasil, segundo dados do Censo Demográfico de 2010 o país caminha para se tornar uma população majoritariamente idosa em 2050. O SUS (Sistema Único de Saúde) registra gastar por ano mais 51 milhões de reais com tratamentos de fraturas decorrentes a queda em idosos. Isso implica na necessidade de se estudar melhor essa população e os problemas a que estão expostos, a exemplo da mortalidade por causas externas evidenciando a queda. Objetivos. Objetivo desta pesquisa foi descrever e discutir alguns aspectos epidemiológicos da mortalidade por quedas em idosos no Brasil. Método. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, de corte transversal e abordagem quantitativa cujos dados foram obtidos por meio de consulta a base de dado SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, no endereço eletrônico (http://www.datasus.gov.br). A coleta de dados ocorreu no mês de abril de 2016 por meio da utilização dos programas Tabnet e Epi Info versão 7.1.5. Resultados. O total de óbitos por queda no período de 2003 a 2013, que totalizam em 98.156 casos, sendo que destes, 61.115 óbitos ocorreram com idosos, representando 62,26% do número total de casos. Conclusão. A mortalidade por quedas em idosos no Brasil é alta, envolvendo fatores biológicos, sociais e comportamentais. Sendo o sexo feminino, de cor caucasiana, da região da Sul sofre mais quedas em decorrência de outros níveis da mortalidade em idosos no Brasil.