HIDROGRÁFICAS E DO ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

Ana Flávia Marques, Virgínia Elisabeta, Heleniza Ávila

Resumo


Pensar a região, segundo a racionalidade ambiental, como escala de desenvolvimento no mundo globalizado contemporâneo, implica em assumir um projeto de desenvolvimento que parta da periferia e não do centro; que considere as particularidades, como potencialidades; que reconheça e tenha em conta as diferentes territorialidades exercidas pelos grupos sociais presentes; que esteja voltado para a sustentabilidade sócio-ambiental, o exercício da
cidadania e a justiça ambiental. Na busca por palcos para este desejado novo modelo de desenvolvimento, a
pesquisa aqui apresentada, através do método de abordagem dialético, mas sem a pretensão de chegar a uma síntese totalizante, analisou dois instrumentos que podem ser tidos
como parâmetros para uma regionalização dos territórios feita
sobre novas bases: a gestão de bacias hidrográficas, usada no estado do Rio Grande do Sul e o Zoneamento
Ecológico-Econômico, aplicado nos estados da Amazônia Legal. As análises feitas proporcionaram, entre
outras as seguintes conclusões: (1) as bacias hidrográficas oferecem a possibilidade de se efetuar uma
regionalização que considere os conflitos sócio-ambientais, não necessariamente relacionados às divisões
político-administrativas propostas pelo IBGE, nem sequer com as fronteiras que separam os países, podendo
suplantar as divisões regionaisnacionais e setoriais, possibilitando uma visão mais ampla e sistêmica
das realidades regionais; (2) no que se refere ao ZEE, apesar de todas as críticas feitas a sua operacionalização, não se pode desconsiderar as possíveis contribuições deste instrumento no processo de ordenamento territorial, especialmente se for reorientado, focando sua metodologia
numa visão legitimamente sistêmica do território.

Palavras-chave


Regionalização;Bacias Hidrográficas; Zoneamento

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