PRESENÇA DA CHINA NA ÁFRICA: MALDIÇÃO OU BENÇÃO?

Helton Ricardo Ouriques, Gabriela Bohrer Schmidt

Resumo


Desde a Revolução Cultural, em 1949, há um estreitamento das relações entre a China e os países africanos. Naquele momento, essas relações foram impulsionadas por motivos políticos e ideológicos. Já a partir da década de 1980 e do acelerado crescimento econômico chinês, este país projeta-se para a África buscando recursos energéticos e acesso a matérias primas para sustentar seu crescimento. A maior atuação chinesa no continente africano dá-se por meio de investimentos externos diretos, ajuda financeira, projetos de infraestrutura e perdão de dívidas, por exemplo. Os benefícios dessa relação para o desenvolvimento de países africanos são grandes. Entretanto, são várias as críticas dos países ocidentais em relação a essa nova configuração: a especialização dos países africanos na exportação de commodities e suas consequências de longo prazo, o princípio da não-interferência chinesa nos assuntos internos desses países e as consequências da entrada de produtos manufaturados chineses na indústria local africana. Esse artigo tem como objetivo efetuar uma breve descrição acerca da aproximação sino-africana, analisando sua evolução e expondo os benefícios e as críticas que vêm sido feitas a respeito das relações entre a China e os países da África.

Palavras-chave


China; África; Relações econômicas

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RDE – Revista de Desenvolvimento Econômico. ISSN eletrônico 2178-8022 (números publicados a partir de 2010)
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