“O RICO É DA DIREITA PARA CIMA”: MÚLTIPLOS OLHARES SOBRE A PRESENÇA DOS PIVÔS CENTRAIS E A GESTÃO DAS ÁGUAS NO POLO AGRÍCOLA DE MUCUGÊ- IBICOARA, BAHIA

Analice Passos Costa Gramacho, Carolina de Andrade Spinola

Resumo


Conhecida por seu patrimônio natural, a Chapada Diamantina, considerada a caixa d´água da Bahia, também desempenha um importante papel no equilíbrio da rede hidrográfica estadual. A motivação deste artigo surgiu em uma das expedições vinculadas ao projeto “Chapada Diamantina: meio ambiente, turismo e desenvolvimento”, mantido pelo Grupo de Pesquisa em Turismo e Meio Ambiente (GPTURIS) da Universidade Salvador – UNIFACS. Naquela oportunidade constatou-se que, a despeito de sua relevância ambiental, a região vivencia um processo de expansão acelerada do agronegócio irrigado se constituindo, atualmente, na maior concentração de pivôs centrais do país. Isto posto, o presente trabalho objetivou compreender a percepção dos moradores dos municípios de Mucugê, Ibicoara e Barra da Estiva sobre as implicações deste cenário para gestão sustentável das águas na região. A reflexão teórica aliada à análise da estrutura fundiária e à pesquisa de campo, baseada em entrevistas semiestruturadas e na aplicação de questionários, permitiram concluir que os pivôs centrais, enquanto parte de um sistema de objetos, são a marca da concentração de terra, do uso de água e de uma organização espacial que reflete a natureza classista da produção. Também ficou evidenciado o desconhecimento, por parte dos entrevistados, do funcionamento da gestão ambiental nos munícipios, bem como da necessidade de participação popular nesse sistema.


Palavras-chave


Pivô central. Agropolo Mucugê-Ibicoara. Gestão das Águas.

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