METODOLOGIA DA IMPARCIALIDADE

Caê Matos Teixeira de Almeida

Resumo


O julgamento é ato complexo, porém formalizado na sentença. Julgar é qualquer manifestação de opinião perante algo (coisas, pessoas, discursos, conclusões). Este julgamento gira em torno de um posicionamento norteado por interesse pessoal (conhecido ou oculto) ou por aparente confiabilidade daquilo que é julgado. Quando se fala em imparcialidade, busca-se afastar da primeira espécie de julgamento (interessado) para privilegiar aquele baseado na probabilidade. Quando se fala em confiabilidade, necessariamente se fala de verdade ou verossimilhança. Neste contexto, costuma-se relacionar verdade e cientificidade. No julgamento, é regra a utilização de argumentos científicos como justificativas de seu pronunciamento. O mais confiável é o mais científico. Porém notou-se que o adjetivo “científico” nem sempre é atribuído a verdades. A ciência, muitas vezes, pode ser utilizada para sustentar falsas verdades, tornando-se meros argumentos de autoridade. Com a carência de verdades fiáveis, as decisões voltam a se aproximar mais dos interesses do que das verossimilhanças das opções a serem escolhidas. É neste cenário que se propõe a observância dos métodos defendidos por alguns pensadores. Cada método busca desprover o indivíduo de falsas verdades e conscientizá-lo de intenções que lhe são inerentes, mas lhe são desconhecidas, apesar de imperantes. Isto tudo para tornar possível uma maior aproximação do julgamento imparcial.

Texto completo: Arquivo


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ISSN 1808-4435