A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA PREVENÇÃO DE CRISES ALIMENTARES: USO DE MODELOS PREDITIVOS PARA GARANTIA DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO

Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira, Oneide Perius

Resumo


A crescente insegurança alimentar que afeta populações em diversos contextos tem exigido respostas inovadoras, capazes de articular tecnologia, direitos sociais e sustentabilidade. Nesse cenário, a presente revisão bibliográfica tem por finalidade analisar como a inteligência artificial vem sendo aplicada na prevenção de crises alimentares, por meio do uso de modelos preditivos que contribuem para a efetivação do Direito Humano à Alimentação. Para tanto, adotou-se uma abordagem qualitativa, fundamentada na revisão integrativa da literatura, com o intuito de reunir, sistematizar e interpretar publicações acadêmicas nacionais e internacionais dos últimos cinco anos. As fontes foram consultadas em bases como SciELO, PubMed e Web of Science, utilizando-se descritores em português e inglês que combinam os termos inteligência artificial, crise alimentar, modelos preditivos, segurança alimentar e direitos humanos. O referencial teórico que orienta esta análise considera a interdependência entre inovação tecnológica e justiça social, destacando a necessidade de práticas sustentáveis e integradas nos sistemas alimentares. Os principais achados apontam para a eficácia dos algoritmos de aprendizagem de máquina na previsão de oscilações de preços, no mapeamento de riscos climáticos e na identificação de padrões de desperdício, contribuindo assim para o planejamento estratégico de políticas públicas. Além disso, evidencia-se que a incorporação da inteligência artificial nos sistemas de biossegurança alimentar permite respostas mais rápidas e assertivas diante de ameaças sanitárias, o que reforça sua importância no contexto da garantia do direito à alimentação adequada. Conclui-se que o uso de modelos preditivos baseados em inteligência artificial representa um avanço relevante na construção de sistemas alimentares mais resilientes, transparentes e inclusivos. A pesquisa aponta que, embora os resultados sejam promissores, é essencial o fortalecimento de uma governança que articule ciência, sociedade civil e Estado, garantindo que a tecnologia esteja a serviço da dignidade humana e do bem comum.

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ISSN 1808-4435