REFLEXÕES SOBRE A IMPLANTAÇÃO DE USINAS NUCLEARES NO RIO SÃO FRANCISCO

Anya Cabral, Daniel Barbosa

Resumo


No Nordeste, a geração hidrelétrica, concentrada em um pequeno trecho do rio São Francisco e pressionada por altas taxas de evapotranspiração e longas extensões sem afluentes, caracteriza-se por uma grande variabilidade das vazões ao longo do ano. Com a impossibilidade de aumentar a oferta por hidroeletricidade, a região tem suprido o incremento da demanda importando energia elétrica de outras regiões e aumentando a produção de energia térmica emissora de CO2. A crescente vulnerabilidade do sistema indica a necessidade de transições de energia de modo a expandir a produção regional por outras fontes renováveis, além das térmicas convencionais. Contudo, essas fontes renováveis não geram energia de forma constante e as térmicas convencionais são grandes emissoras de Gases de Efeito Estufa. Nesse contexto, a energia termonuclear surge como uma possibilidade de geração de expressiva quantidade de energia firme que não emite CO2, contudo a rejeição a esta tecnologia após o acidente nuclear de Fukushima tem provocado reações antinucleares nem sempre justificadas, quanto aos impactos da instalação de usinas nucleares no rio São Francisco, que este artigo pretende abordar.


Palavras-chave


Geração termonuclear; Impactos ambientais; Rio São Francisco

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