MIGRAÇÃO INTER-REGIONAL NO BRASIL: O QUE HÁ DE NOVO?

Erivelton de Souza Nunes, João Gomes da Silva, Silvana Nunes de Queiroz

Resumo


Esse trabalho tem como principal objetivo analisar a dinâmica migratória inter-regional no Brasil, durante os quinquênios de 1986/1991, 1995/2000 e 2005/2010. Tem a intenção de identificar o que há de novo no cenário migratório brasileiro com relação às novas tendências e inflexões. Para o alcance desse objetivo, os microdados das amostras dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010, captados pelo IBGE, são a principal fonte de informações. Em termos teóricos, fez-se a contextualização de estudos sobre a migração inter-regional no Brasil no período de 1940 a 1980, pois os estudos tratam da análise das migrações inter-regional a partir da década de 1980. Entre os três quinquênios em estudo, os principais resultados apontam mudanças. A grande novidade foi a diminuição do volume da migração inter-regional a cada interregno, com o Nordeste mantendo as suas perdas populacionais, mas em menor magnitude. Por sua vez, o Sudeste permanece como área de atração de migrantes, porém apresenta saldos migratórios cada vez mais arrefecidos. O grande destaque é a região Centro-Oeste ao obter saldos migratórios positivos e crescentes. Quanto às demais regiões (Norte e Sul), as mesmas se caracterizam de maneira distinta. O Norte revela diminuição significativa na sua atração populacional, enquanto o Sul aponta para inflexão ao passar de saldo migratório negativo para positivo. Portanto, as tendências das migrações brasileiras no início do século XXI mostram o arrefecimento do fluxo inter-regional e/ou de longa distância e, por outro lado, a intensificação das migrações de curta distância, a partir dos fluxos intrarregionais e intraestaduais que deverão ser crescentes.

Palavras-chave


Brasil; Migração; Inter-regional; Tendências

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