SERVIÇOS DE SAÚDE E EFICIÊNCIA: UMA ANÁLISE PARA AS MICRORREGIÕES DO BRASIL

Rafaela Souza Silva, Gabriel Teixeira Ervilha

Resumo


Muito se tem discutido acerca da gestão dos gastos públicos do Brasil, e se o país é eficiente ou não no que diz respeito à alocação destes gastos. Tal debate ganha ainda mais destaque na área da saúde, um dos principais setores no recebimento de recursos e, mesmo assim, com diversos gargalos. Nesse ínterim, o presente estudo buscou, através da análise de eficiência (DEA), analisar a eficiência das microrregiões de saúde do Brasil durante o ano de 2014, e também, uma análise temporal (índice de Malmquist) para verificar possíveis ganhos e perdas de eficiência e tecnologia no período de 2000 a 2014. Diferente da maioria dos trabalhos utilizados como referência, o estudo não usa métodos econométricos e não se limita apenas a uma região, abrangendo todas as microrregiões de saúde do Brasil. Após realizar todos os procedimentos, foi possível verificar que as microrregiões de saúde foram consideradas homogeneamente eficientes quando comparadas entre elas, mas que a inclusão de uma unidade externa, de referência na saúde, poderia afetar totalmente essa realidade. Dessa forma, os altos indicadores de eficiência não indicam qualidade no fornecimento dos serviços de saúde, mas homogeneidade destes serviços nas microrregiões, incluindo os gargalos setoriais. Quanto à análise temporal, as microrregiões apresentaram grande deficiência em relação às mudanças de tecnologia e eficiência ao longo do período estudado. Diante disso, observa-se que a melhoria na saúde brasileira deve se dar de uma forma geral entre as microrregiões, e não localizada regionalmente.


Palavras-chave


Eficiência; Economia da Saúde; Análise Envoltória de Dados; Índice de Malmquist

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