MOBILIDADE PENDULAR E INSERÇÃO OCUPACIONAL NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
Resumo
Durante as últimas décadas, o Brasil tem sido cenário de importantes mudanças nos processos de distribuição espacial da população e em sua economia, o que gera a necessidade frequente e renovada de busca por atualização de dados e análises. O recorte territorial selecionado para este estudo foi a Região Metropolitana do Recife, por ser um espaço onde ocorreram mudanças importantes em termos de movimentos populacionais e dinâmica econômica. A proposta deste estudo foi analisar comparativamente a inserção ocupacional entre migrantes e não migrantes que realizavam o deslocamento pendular nessa área metropolitana. As análises se basearam nos microdados dos Censos Demográficos de 2000 e de 2010, produzidos e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Verificou-se importante crescimento em volume de movimentos pendulares, com aumento superior entre os não migrantes. Foi observada relativa estabilidade na estrutura etária da população que realizava essa modalidade de deslocamento, assim como o aumento na participação das mulheres. Além disso, o aumento do nível de instrução, que foi observado para ambos os grupos, foi mais intenso entre os migrantes. Por fim, verificou-se que os não migrantes tinham maior participação entre aqueles com emprego formal, enquanto que os migrantes tinham maior renda, resultado aparentemente conflituoso que, por si, sugere caminhos de desdobramentos deste estudo.
Palavras-chave
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