FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO

Marko Svec Silva, Noelio Dantaslé Spinola

Resumo


Este texto resulta de uma pesquisa realizada no período de 2016 a 2018, tomando como marco territorial o estado da Bahia. Objetivou analisar de que forma o crédito concedido pelos agentes de desenvolvimento, atuantes na região, à empreendedores e municípios, contribuiu para o desenvolvimento regional, gerando melhoria da qualidade de vida da população local entre 2010 e 2014. No referencial teórico de suporte à análise foram examinadas as principais teorias relacionadas ao papel do crédito como elemento necessário para o desenvolvimento. Além disto, a abordagem sobre Bancos Públicos possibilitou a segregação dos agentes de crédito segundo seu nível de aderência aos propósitos diretos de promoção do desenvolvimento. Do ponto de vista metodológico, para esta análise, foram realizados levantamentos biblioGráficos de publicações realizadas pelos agentes financeiros, pelo governo federal e do estado da Bahia além de extração de dados nos sítios das principais fontes relacionadas como o Banco Central do Brasil – BACEN, a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia – SEFAZ, a Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia – SEI, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social – BNDES, o Banco do Nordeste do Brasil S/A – BNB e da DESENBAHIA - Agência de Fomento do Estado da Bahia S/A. Em termos conclusivos, a pesquisa indicou que no período analisado as instituições de fomento atuantes na Bahia apresentaram: preferência pela liquidez, porém com equilíbrio de portfólio entre as aplicações de curto e longo prazo; cobertura parcial das falhas de mercado com concentração de recursos em grandes empresas e redução da aplicação de recursos em infraestrutura e saúde.  Quanto ao apoio à política anticíclica foi observado que 35% do território baiano sofreu redução de recursos entre 2010 e 2014. As variações do valor adicionado apuradas setorialmente destacaram correlações diretas e negativas em 43%   dos territórios de identidade localizados, em sua maioria, na Região do Semiárido; a Região Metropolitana de Salvador, excetuando-se a capital, foi a única que teve redução do PIB per capita apesar do volume de financiamento e fomento ter sido elevado no mesmo período. Observou-se que o Valor Adicionado à indústria sofreu queda no período e os montantes de fomento foram alocados fortemente em empresas transportadoras de insumos deste território para o Sul/Sudeste e dos recursos de fomento aplicados não se identificaram investimentos significativos nas áreas de educação e saúde.


Palavras-chave


Crédito Políticas públicas; Desenvolvimento; Economia Regional; Fomento

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