AS INTERPRETAÇÕES CAIO PRADO JÚNIOR E CELSO FURTADO: A HISTORIOGRAFIA ECONÔMICA BRASILEIRA EM PERSPECTIVA

Sarah Regina Nascimento Pessoa

Resumo


As obras históricas de Caio Prado Júnior e Celso Furtado são consideradas bases necessárias para compreensão da formação e evolução da economia brasileira. Este trabalho busca evidenciar as perspectivas dessas interpretações, apontando suas divergências e afinidades no tocante ao período colonial, independência política e abolição do trabalho servil. Em linhas gerais, foi possível observar a convergência desses autores sobre o sentido da colonização. No entanto, eles divergem sobre a manutenção deste caráter na evolução brasileira. As consequências do tratado comercial entre Portugal e Inglaterra em 1810 são analisadas de forma sensivelmente diferente pelos dois autores, bem como as primeiras décadas pós independência. Prado Júnior sintetiza esse período sob ótica de contradição que permeia sua obra: mudança com continuidade. Por sua vez, Furtado não nega a limitação imposta a autonomia do governo luso-brasileiro, porém, delega outros motivos ao insatisfatório nível de desenvolvimento da economia. Sobre o lento processo de abolição da escravidão, os dois autores reconhecem que as condições da época não estavam maduras para abolição imediata do trabalho servil.


Palavras-chave


Caio Prado; Celso Furtado; Historiografia Econômica

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RDE – Revista de Desenvolvimento Econômico. ISSN eletrônico 2178-8022 (números publicados a partir de 2010)
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