SEGREGAÇÃO RESIDENCIAL E REDES SOCIAIS FORMADAS NAS ESCOLAS: EFEITOS SOBRE A RENDA DOS TRABALHADORES NA CIDADE DE SALVADOR

Gervásio F. dos Santos, Gustavo Andrey L. Fernandes, Daniel S. A. Carvalho, Cláudia Sá M. Andrade, José Firmino de Sousa Filho

Resumo


O objetivo deste artigo é analisar o impacto da segregação espacial entre brancos e negros, e respectivas redes sociais formadas nas escolas, sobre os salários dos trabalhadores da cidade de Salvador. Os estudos empíricos mostram que Salvador é a cidade mais segregada do Brasil. A literatura teórica aponta que as redes sociais são formadas principalmente nas escolas, e passam a assumir uma função crucial tanto na disseminação das oportunidades de emprego como na indicação de candidatos em potencial para ocupá-los. Nesse contexto, a evolução da estrutura urbana da cidade de Salvador, principalmente a partir da década de 1950, ocorreu de forma a gerar um fenômeno de segregação sócio-espacial. Desse modo, a partir de dados do Censo Escolar e do Censo Demográfico de 2010, foram calculados os índices de dissimilaridade referente ao grau de segregação espacial dos alunos do Ensino Fundamental da cidade de Salvador, para verificar o deslocamento de equações mincerianas de salários, em função do nível de segregação espacial entre brancos e negros. Os resultados mostraram que o predomínio de brancos nas escolas particulares, naturalmente nas áreas mais abastadas da cidade, faz com que segregação aumente na cidade. Além disso, a segregação afeta positivamente o salário esperado de brancos e reduz o valor esperado para os negros.


Palavras-chave


Redes sociais. SRedes sociais; Segregação residencial; Escolas; Rendaegregação residencial. Escolas. Renda.

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RDE – Revista de Desenvolvimento Econômico. ISSN eletrônico 2178-8022 (números publicados a partir de 2010)
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