DESIGUALDADE SOCIOESPACIAL E A TEORIA DOS LUGARES CENTRAIS: UMA ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DOS LEITOS DE INTERNAÇÃO DAS REDES PÚBLICA E PRIVADA NO ESTADO DA BAHIA

Camila Valverde Santana Greve, Carolina de Andrade Spinola, Renato Barbosa Reis, José Gileá Souza

Resumo


O presente artigo se propõe a analisar a distribuição de leitos públicos e privados de internação hospitalar nos municípios do estado da Bahia, em 2021. Utilizou-se, para tal fim, de pesquisa documental realizada junto ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), à Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  O referencial teórico buscou compreender a distribuição espacial do acesso a um serviço básico de saúde e a sua relação com a densidade demográfica nos municípios, recorrendo-se às contribuições de: Milton Santos, Manuel Castells, David Harvey e Walter Christaller, este último através da aplicação de sua Teoria dos Lugares Centrais (TLC). Os resultados revelam que há uma dependência forte dos municípios em relação à oferta de leitos pelo SUS e que a sua distribuição é desigual quando se analisa o indicador número de leitos por mil habitantes. Complementarmente, conclui-se que a localização dos leitos de internação privados corrobora o conceito de limiar de um bem, desenvolvido pela TLC, uma vez que, observando-se as leis do mercado, a maior parte dos municípios baianos não reúne demanda ou possui PIB per capta atraente suficiente para justificar a oferta do serviço particular.


Palavras-chave


Desigualdade socioespacial; Teoria dos Lugares Centrais; Saúde; Leitos de internação hospitalar

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