Academias e o público externo

Raymundo Cielide Pintoi

Resumo


Para o homem comum, as Academias de Letras seriam instituições que agrupam intelectuais, os quais, em reuniões fechadas, trocam elogiam, satisfazem vaidades e pouco produzem. Essa é uma visão bastante distorcida que não mais corresponde à realidade atual. Num passado distante, os poetas gozavam de grande prestígio nos meios literários. A influência deles contaminava entidades diversas, incluindo as academias, que promoviam as denominadas “tertúlias”, encontros destinados a ouvir, sobretudo, a declamação de poemas. Escritores famosos, com preferência pela ficção na forma de prosa, ganharam evidência. Muitos deles optaram por uma literatura “engajada”, ou seja, seus contos e romances traziam estórias que denunciavam os desequilíbrios, as injustiças e a miséria reinantes nas classes sociais menos favorecidas. Nesse ponto, o Nordeste se destacou, em especial com os livros de Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos. A Bahia não ficou atrás, tendo Jorge Amado alcançado fama não só nacional como internacional. É evidente que um sopro de modernidade no terreno das letras contagiou as agremiações que atuam na área. Ser eleito para integrar uma delas não serve apenas para consagrar determinado cidadão que dedicou grande parte da vida à militância literária. Não deve, por tornar-se “imortal”, parar a produção de obras. Além disso, dentro da academia que o acolheu, compete-lhe ainda manter a divulgação e a expansão das letras, da educação e da cultura, procurando incentivar as pessoas de um modo geral.

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ISSN 1808-4435