ENZIMAS MICROBIANAS DE DESCONSTRUÇÃO DA PAREDE CELULAR: NOVAS ABORDAGENS
Resumo
Os biocombustíveis são considerados fontes de energia alternativa aos combustíveis fósseis. Tal tipo de energia é considerada sustentável por envolver benefícios no âmbito social, econômico e ambiental. Os resíduos agroindustriais e florestais podem ser reaproveitados para produção dessa fonte energética, como por exemplo, na produção de etanol de segunda geração. Porém tal processo envolve altos custos, tendo em vista o arranjo do complexo lignocelulósico da biomassa, que dificulta a liberação de açúcares fermentescíveis, obrigando o uso das etapas de pré-tratamento e hidrólise. Assim, diversos estudos estão sendo realizados a fim de otimizar a sacarificação da biomassa lignocelulósica, o que implicaria em um produto final (biocombustível) menos oneroso. Diversas enzimas são utilizadas nessa etapa, tal como as enzimas celulolíticas, hemicelulolíticas e lignolíticas, porém novas moléculas estão sendo descobertas para auxiliar na desconstrução da parede celular. Dentre essas novas abordagens destacam-se as monoxigenases líticas de polissacarídeos (LPMOs) e as expansinas. Dessa forma esse artigo tem como objetivo apresentar as antigas e novas abordagens de enzimas empregadas para desconstrução da parede celular vegetal, a fim de verificar novas aplicações.