CAPACIDADES INSTITUCIONAIS PARA INTERNACIONALIZAÇÃO DE CIDADES: OS MODELOS DE SÃO PAULO E GOIÂNIA
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar as capacidades institucionais para a inserção internacional das cidades a fim de descobrir possíveis modelos distintos de internacionalização do ente subnacional. A latente atuação global de governos locais faz surgir a urgência de se entender como governos municipais interagem com os diversos atores públicos e privados a fim de projetar sua cidade no cenário internacional, bem como prospectar ações de internacionalização para dentro do seu território. Neste sentido, neste artigo apresenta-se os resultados de uma pesquisa acerca dos processos, aspectos e dimensão de internacionalização das cidades de São Paulo e Goiânia, as investigando à luz de suas perspectivas socioeconômicas e políticas. Corrobora com esta investigação, entrevistas com representantes de órgãos e instituições relativos à internacionalização de ambas as cidades. A internacionalização, portanto, pode ser provocada, numa perspectiva de modelo passivo, ou sob a ótica de um modelo (pro)ativo. Desta maneira, é possível perceber que a presença do poder público e a intersecção com os atores da sociedade civil e o poder privado se mostram essenciais no desenvolvimento de uma política de internacionalização. As diferenças entre os dois municípios fazem perceber que apesar de a globalização ter estreitado os meios de comunicação e transformado as relações comerciais, os processos de internacionalização se dão de maneira desigual. A internacionalização de um ente subnacional está intimamente ligada à capacidade de ação descentralizada do município em relação ao poder central, bem como ao interesse, investimento, e movimentação dos governos e demais atores.
Palavras-chave
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